CONHECENDO O VALE SAGRADO DOS INCAS, PERU.

 


O Vale Sagrado dos Incas é uma região de grande riqueza cultural e de importância histórica para o povo peruano. É formado pelo Rio Urubamba e os complexos arqueológicos de Pisac e Ollantaytambo. É uma região muito fértil, onde existe grande produção agrícola, o que o torna sagrado. Possui altitudes elevadas e temperaturas que variam entre cinco e vinte graus. Os astrônomos e sacerdotes afirmam que o vale era uma projeção da Via Láctea, onde se encontravam as constelações sagradas. São inúmeros vilarejos, altas montanhas e onde podemos conhecer uma verdadeira região rural nos arredores de Cusco. Indispensável para quem está na cidade.

Reservamos o passeio em Cusco, pela Machupicchu Special Tours , ao preço de 120 soles para duas pessoas. Estava incluído o transporte, Pisac, o almoço, Ollantaytambo e Chinchero. Não compemplava a  entrada aos Sítios Arqueológicos ( 70 soles por pessoa. Fizemos a parte.). É um passeio para ser realizado o dia inteiro.





Próximo à Pisac , nossa primeira parada, compramos nossos tickets para o circuito lll - Valle Sagrado, com validade de dois dias. É o chamado boleto parcial. O boleto geral custa 130 soles e inclui Saqsayhuaman, Ciudad e Vale Sagrado, com vigência de 10 dias. Para nós o parcial foi mais que suficiente.

Localizado a 32 quilômetros ao norte de Cusco, Pisac impressiona pelos terraços agrícolas, seu forte (no alto da colina) e seu incrível Cemitério Inca, nas montanhas. O Templo do Sol e o da Lua são outros destaques. Foi povoada desde o Século X.





No caminho para Ollantaytambo, paramos para um almoço e foi um ótimo local para observarmos o cotidiano dos moradores que habitam a periferia das grandes cidades. Vários mercadores nas margens das rodovias vendendo seus produtos com um custo inferior a Cusco. A gastronomia, bem como a música andina (tocada em alguns restaurantes) e o transporte precário também merecem atenção.





Ollantaytambo está a 97 km a noroeste de Cusco e é a maior cidade do Vale Sagrado e a mais importante também. É considerada a "Cidade Inca Viva". Tudo é muito preservado. O nome vem do general Ollanta, que se apaixonou pela filha do governador e acabou forçado a sair da cidade, mas a ela se uniu, posteriormente ao falecimento de Pachucútec. Aqui aconteceu a maior vitória Inca contra os espanhóis, em 1537. As séries de terraços são escavados nas pedras, para proteger contra invasores. Com disposição, vale a pena subir até a fortaleza Araqama Ayllu, que abrange o Templo do Sol, o Salão Real e as Termas da Princesa, além de dispor da melhor vista da cidade. 






Seguimos o caminho de volta a Cusco, parando em Chinchero, já anoitecendo. Chamado de Berço do Arco Íris,  Chinchero fica a 3.772 metros acima do nível do mar. Sentimos a altitude ao subir as escadas para alcançar o Centro Histórico. Chegar cedo para aproveitar o mercado local, se possível, é uma dica valiosa. São vários produtos do artesanato local, lindas mantas, entre muitas outra opções. Os nativos falam a língua quechua, dialeto oficial dos Incas. Visitei a cidade por duas vezes e sempre cheguei ao Mercado fechando. Sugiro desfrutá-lo com tempo.
Um muro de pedra com dez nichos na praça principal são da era Inca. A Igreja Virgem da Natividade, acima da praça, foi construída sobre os alicerces Incas (em 1600). Ali, muitas batalhas contra os espanhóis foram realizadas e a ocupação espanhola pode ser retratada e observada nas estruturas históricas da cidade.



Esse passeio não inclui Machu Pichu, a atração mais importante do Perú. Uma outra opção para conciliar  com Machu Picchu, seria ir de trem e pernoitar em Ollantaytambo. Conhecer a região e depois seguir de trem para Aguas Calientes, próxima estação e final da linha, antes de chegar a Machu Picchu. Economizaria tempo, entretanto, sacrificaria Pisac. Voltar a Cusco e depois retornar é cansativo. Não recomendaria. 
É uma viagem que deve fazer parte do roteiro de todos que amam se aventurar!

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