Annelies Marie Frank, ou Anne Frank, era uma alemã nascida em 12 de junho de 1929, na cidade de Frankfurt, porém viveu grande parte da sua adolescência em Amsterdã, Holanda. Mudou-se da sua cidade natal em 1934, com a ascensão dos nazistas ao poder alemão. Sua família era de origem judaica e as manifestações antissemitas fizeram-nos procurar um lugar mais seguro para viver, ou pelo menos achavam.
Viveram uma vida normal por seis anos, mas já no final da guerra, foram descobertos pelos nazistas em seu esconderijo em um prédio comercial. Anne e sua irmã, Margot Frank, foram levadas para o campo de concentração alemão de Bergen-Belsen, onde morreram, provavelmente, de febre tifóide (1945, aos 15 anos)
O único sobrevivente da família após o final da guerra, foi seu pai, Otto Frank. Retornando a Amsterdã, descobriu que o diário da sua filha havia sido guardado por Miep Gies, a mesma que ajudou a família, escondendo-os no prédio comercial.
O Museu de Anne Frank foi inaugurado em 03 de maio de 1960. Desde então, é uma das grandes atrações na capital holandesa. O prédio é bem discreto, em frente a um dos inúmeros canais da cidade e passaria despercebido se não fosse a eterna fila na calcada e na parte lateral do museu. Uma rede wi-fi disponível na área externa, é o entretenimento para uma longa espera e até parece aquecer o tempo frio na região. Ficamos por aproximadamente 50 minutos na fila para aquisição dos tickets. Nossa viagem foi em 2016, mas desde 2017, os ingressos são vendidos apenas através do site, com dia e hora para a visita pré agendados, excluindo assim, esse inconveniente. Reservas via net.
Logo na entrada, vários folhetos (inclusive em português), servem para orientar a visita. Uma pequena história de Anne Frank , assim como o horror a época do nazismo são relatados no guia. Um pequeno mapa mostra os compartimentos do prédio e fornece uma noção exata da dimensão do local. Não é permitido filmar ou fotografar o espaço, o que, de certa forma, desaponta os visitantes.
O Museu no caderno guia em portugues |
O espaço possui áreas estreitas, com algumas escadas, mas nada desanimador. A passagem secreta, guardada por uma estante de livros, é impactante. Ali, Otto imaginava que sua família estaria segura. Visitamos os cômodos, o único toilette da casa e os utensílios pessoais. Muitas fotos, paredes sendo usada como painéis descritivos e quadros estão espalhados no museu, de uma forma organizada e didática. Fazer a visita com áudio é aconselhável, embora não imprescindível.
O "diário" tem seu espaço em destaque. Traduzido para mais de 70 línguas, incluindo a nossa, é "best seller". Sua escrita foi iniciada em julho de 1942, quando Anne tinha 13 anos e seu último relato, foi em agosto de 1944, três dias antes da prisão da família. Por dois anos, Anne, que queria ser jornalista, relatou seu cotidiano no esconderijo. O filme o Diário de Anne Frank, de 1959 , venceu três Oscars .
"Eu finalmente percebi que eu devo fazer o meu trabalho escolar, para deixar de ser ignorante, para conseguir uma vida, para me tornar uma jornalista, porque é isso que eu quero! Eu sei que posso escrever […] mas tenho que continuar percebendo se realmente tenho talento. E se eu não tenho talento para escrever livros ou artigos de jornais, eu sempre posso escrever para mim mesma. Mas eu quero alcançar mais do que isso. […] Eu quero ser útil ou trazer diversão para todas as pessoas, mesmo aqueles que eu nunca conheci. Eu quero continuar vivendo mesmo depois da minha morte!"
Anne Frank , 1944
O áudio de Otto Frank, ao término da visita, contando da sua busca pela família após a guerra, é emocionante e, ao mesmo tempo, triste.
Um pequeno espaço para refeições rápidas e leitura está disponível no final do tour, além da lojinha de souvenirs.
Estante que obstruía a passagem secreta da família Frank |
LOCALIZADOR
Prinsengracht, 267, na região central da cidade.
Aberto todos os dias, das 9h às 22h, sendo a última admissão, às 21:30h.
Reservas apenas no site aqui.
O QUE ACHAMOS
É um excelente passeio, cultural, principalmente para os entusiastas de "História da Segunda Guerra Mundial". No museu, a figura de Anne Frank e suas memórias, estão organizadas de forma a traçar os acontecimentos inerentes a época, deixando reflexivo quem o visita. Reservar os ingressos com certa antecedência é pertinente, uma vez que a atração é bastante concorrida, o que permite ao viajante programar outras atrações no roteiro. É um passeio de aproximadamente uma hora e vale "super"conferí-lo.
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