VISITANDO O CAIRO, EGITO.



A CIDADE DOS FARAÓS

Viajamos ao Egito em novembro de 2007, aproveitando uma folga do curso médico em Milão. O Egito é um sonho para qualquer colecionador de selos ou que goste dos mistérios dos faraós e de suas pirâmides. Neste caso, me incluo em todos.
Ainda no Brasil, reservamos nosso passeio pela Pacha Tours , que incluia a cidade do Cairo, um cruzeiro pelo Nilo de três noites e diversos opcionais, incluindo Abu Simbel (imperdível).
Viajei com meu primo Robson, outro apaixonado pela cultura egípcia. Voamos de Milão ao Cairo pela Alitalia, vôo tranqüilo, cheio de turistas.
Chegamos ao Cairo e nosso guia (recepcionista) já nos aguardava. O visto de entrada (15 dólares) é feito no próprio aeroporto, providenciado pelo  guia, isento de quaisquer burocracia. Trocar moedas por Libras Egípcias é  bastante útil. Uma libra equivale a dezesseis centavos de dólar.

Em nossa Van havia um grupo de oito brasileiros, todos ávidos por conhecer os encantos do Egito.
A cidade do Cairo chama a atenção de imediato pelo trânsito caótico. Pior que isso, só na Índia. Os carros de luxo ou não, são todos danificados, vítimas dos constantes acidentes ocasionados por este motivo. Uma verdadeira loucura. As regras básicas de trânsito aqui não são respeitadas. Obviamente, em virtude desta observação, alugar carro aqui parece ser  algo impensável.
Outro fato que nos chamou a atenção, foi o grande número de policiais nas ruas, carros blindados e as abordagens aos carros. Nosso guia explicou que se tratava das Olimpíadas muculmanas que, naquele ano, se realizava no Cairo. Menos mal. Ficamos temerosos até para tirar fotos da rua, mesmo de dentro do carro.
Algumas orientações foram repassadas pelo guia acerca dos costumes locais, tais como se vestir, bebidas, passeios, orações e até horário pré estabelecido para retornar ao hotel. Estávamos pela primeira vez em um país cujos hábitos divergiam muito dos nossos.




Nosso hotel foi o Pyramisa . Bem localizado, próximo ao Rio Nilo(acima). Padrão internacional, possuia cassino, lojinhas de souvenirs, agência de turismo e era o único local onde bebidas poderiam ser servidas. Não se deve nem pensar em consumir bebida alcoólica na rua. Aliás, a cerveja egípcia "Sakara" é muito boa.
Do alto de nosso hotel, observamos as casas e os prédios sem cor, às vezes sem janela e muita poeira no horizonte. Contrastando com todo esse quadro,  aquele rio mágico para os egípcios, o Nilo. A impressão é que um terremoto havia passado ali e que a cidade estava se recuperando aos poucos.
Conhecemos outro guia, o Walid (walid-1970@hotmail.com) que iria nos acompanhar em toda nossa excursão pelo Egito. Muito culto, falava também o português.
O que fazer no Cairo:
Museu do Cairo  - Imperdível. Localizado na praça Tahris, este antigo palácio abriga o mais importante acervo da cultura egípcia. São mais de cento e vinte mil peças que relatam toda a bonita história do Egito, com destaque para os tesouros fantásticos do faraó Tutancamon. Ainda conta com uma grande biblioteca que conta toda a história do povo egípcio. Vale o passeio. Custo de 50 LE.

Museu do Cairo
Citadel de Salah al-Din - Um dos maiores monumentos muçulmanos do mundo, localizado próximo ao centro do Cairo, esta fortaleza criada por Saladim entre os anos de 1176 e 1183, foi construida para livrar os egípcios das cruzadas européias. Sem dúvida,  um dos pontos altos do city tour. Saladim era um militar curdo mulçumano que se tornou Sultão do Egito.Custo de 40 LE. 
Mesquita do Sultão Hasan- Construida entre 1356 e 1363 é uma das maiores mesquitas do mundo. Seu minarete chega  a 68 metros.
Mesquita Mohammad Ali- Conhecida como alabastro devido ao seu revestimento em pedra é a mesquita mais visitada do Cairo. Seu grande relógio de bronze localizado na porta do palácio, foi presente do rei Felipe da França, em retribuição ao famoso Obelisco, hoje na praça da Concórdia, Paris.

Mesquita na cidade do Cairo
Mesquita de Muhammad Ali - entrada

Mesquita Muhammab Ali - tapetes originais

 Mercado egípcio (Khan el Khalili) -  Para quem gosta de compras este é um bom local, desde uma simples camisa até ouro, mas o segredo aqui é "pechinchar" sempre. As dezenas de ruelas são estreitas, apinhadas de gente e o assédio não pára. Nunca aceite o primeiro valor oferecido. Solicitar taxas menores é cultural. Passamos a tarde inteira aqui e comprei alguns papiros pequenos para presentear a família.O assédio às mulheres é declarado, acompanhadas ou não, não se deve usar roupas justas ou decotadas em hipótese alguma.
 Os famosos tapetes egípcios e os papiros são produtos bastante procurados, mas é interessante ter algum especialista por perto, para não comprar nada falso.
No final da tarde o som alto ecoava por todo o mercado, era a chamada para a oração dos muçulmanos, neste instante tudo pára. A mesquita próxima ao mercado ficava cheia de fiéis e nós, ocidentais, olhando e admirando essa cultura tão diferente da nossa. Na saída do mercado, nos restaurantes, uma boa oportunidade é provar o Narguilé, um cachimbo de água utilizado para fumar, típico do egito.




Não saia do Cairo sem levar os famosos tapetes egípcios e os lindos papiros. Visitamos a Ani Papyrus, na Pyramids Road, 67, Giza. Essas relíquias de viagem, até hoje conservo com todo cuidado em minha casa.
Os passeios nas pirâmides deixaremos para outro post.

Rio Nilo





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